Vírus 'faz-tudo' para Android pode até danificar o telefone.
Segurança Digital Por Altieres Rohr || G1 Tecnologia
Ícones de apps e conteúdos pelos quais o Loapi tenta se passar. (Foto: Reprodução/Kaspersky Lab)
A fabricante de antivírus Kaspersky Lab identificou uma nova praga digital para celulares com o sistema operacional Android. Batizada de Loapi, a praga chama atenção por sua capacidade de "fazer tudo" e foi tema de um alerta. O vírus: - tem um módulo para minerar a criptomoeda Monero; - é capaz de exibir propagandas no celular; - pode monitorar e responder torpedos SMS automaticamente; - pode obrigar o aparelho celular a participar de ataques de negação de serviço distribuída; - cadastra o aparelho em serviços "premium" que aumentam a conta de telefone; - exibe mensagens falsas caso o usuário tente instalar um antivírus ou mudar configurações que poderiam prejudicar o funcionamento do vírus. O vírus chega ao celular disfarçado de algum aplicativo legítimo, especialmente com o nome de produtos antivírus, em links disseminados em campanhas publicitárias. Os criminosos também usam conteúdo pornográfico como atrativo. Porém, a Kaspersky Lab não informou ter identificado nenhum desses aplicativos falsificados no Google Play, a loja oficial do Google para o sistema Android. Uma vez instalado, o aplicativo pede repetidamente que a vítima conceda permissão administrativa. Quando está em execução, o vírus pode deixar o celular extremamente lento, quente e com pouca duração da bateria, principalmente pela mineração da criptomoeda Monero. Segundo a Kaspersky Lab, o processo de mineração da Monero pode ser tão intenso que, em alguns aparelhos, a bateria do telefone pode sofrer deformações. "Os testes em um smartphone selecionado aleatoriamente demonstraram que o malware cria uma carga de trabalho tão pesada em um dispositivo infectado, que ele chega a aquecer muito a ponto de deformar a bateria. Os autores do malware não teriam desejado que isso acontecesse, pois querem a todo custo dinheiro e por isso manter o malware em funcionamento. Mas a falta de atenção à otimização do malware levou a este inesperado "vetor de ataque" físico e, possivelmente, danos sérios aos dispositivos do usuário", afirmou a Kaspersky Lab, em seu alerta. Dúvidas sobre segurança, hackers e vírus? Envie para g1seguranca@globomail.com