Como você enxerga o tempo: amigo ou inimigo?

Isadora Moraes A. Lopes || Inbound Marketing em Moskit CRM.

Se tem uma coisa que costuma assustar as pessoas é a idade passando e como não temos controle do tempo, muito menos do que acontecerá com nossas vidas daqui a 10, 20 ou 50 anos. Comecei a pensar sobre como lidamos com o tempo depois de uma matéria chamada "Envelhecemos Assim", que passou no Fantástico no último domingo.

Sempre fui muito nostálgica e muito apegada às coisas que já passaram, mas um apego positivo. Consigo sentir gratidão por tudo que todas fases da minha vida me ensinaram, mas ainda assim penso muito sobre como estará minha vida em algumas décadas.

Para responder a pergunta que fiz no título desse texto, comecei a fazer uma análise de quem eu era há 10 anos, tempo suficiente para vermos muitas mudanças em nossas vidas. Eu te convido a fazer o mesmo!

Há 10 anos eu tinha 16 anos e uma certeza: estava me esforçando para estar preparada no vestibular que viria no ano seguinte e me daria a chance de cursar Jornalismo na universidade que sempre quis - e fui muito abençoada por conseguir.

Tinha 6 grandes amigas, que inclusive são minhas grandes amigas até hoje e por incrível que pareça, desde aquela época (e até antes!) eu sabia que o tempo poderia fazer muitas coisas, mas que essa amizade permaneceria. O tempo leva muitas coisas, mas algumas ele mantém.

Eu estava buscava respostas para tudo o tempo todo, coisa que hoje abri mão. Percebi que algumas respostas nunca chegam e que viver nessa ansiedade por controle é o ajuda a envelhecermos tanto por dentro e faz com que a gente sinta que não aproveitou tudo que poderia.

Vivia buscando aprovação de terceiros, coisa que a idade te mostra ser uma enorme perda de tempo. Quando finalmente entrei no mercado de trabalho percebi que é muito diferente você buscar aprovação do que você produz do que de quem você é, seu gosto musical ou o que veste, por exemplo.

Há 10 anos eu já tinha muito contato com a internet (há uns 15 anos, na verdade), mas era completamente diferente do que é hoje.

Eu usava a internet cerca de 2 ou 3 horas por dia, incluso o tempo que assistia alguma série (nem poderíamos sonhar com Netflix!) e para conversar com alguns amigos no saudoso MSN.

Hoje a internet faz parte do meu dia completo, seja no trabalho, seja para atender algum cliente fora da empresa, para conversar com amigos, família, estar por dentro das notícias. Essa dependência da internet para produzir (e viver) me faz perguntar o que mudará nessa relação do tempo com nossa qualidade de vida.

Será que daqui alguns anos me arrependerei de passar tanto tempo olhando para uma tela de celular?

Eu não tinha tanto medo de problemas de saúde, nem de assalto ou me preocupava com aposentadoria e política internacional.

Também nem sonhava em trabalhar com um tal de Inbound Marketing.

Conforme o tempo passa, vou percebendo como cada vez mais rápido "envelhecemos". E o que é a idade senão um número que mostra o quanto temos de experiência nessa vida? E quem determina o que é "velho" ou "novo?".

E no mercado de trabalho, o que conta mais? A idade ou justamente a experiência de alguém?

Quantas pessoas eu já vi vivendo reféns de não querer envelhecer, medo de estarem velhas demais para uma profissão, para uma viagem, um novo relacionamento. Mas será que justamente a idade não é um benefício para isso tudo? Acho tão bonito olhar para trás e ver tudo que vivi, aprendi e superei. E o quanto mudei também!

Outro ponto muito curioso dessa nossa relação com o tempo é como sempre falamos "o dia deveria ter mais que 24 horas!". Será mesmo? O que faríamos com mais horas?

Cheguei à conclusão de que o tempo é meu amigo e que não adianta lutar contra ele ou negar que os passarão e passaremos com ele.

Nos basta fazer o que podemos fazer de melhor: viver, aprender e tentar justamente do nosso tempo aqui, o melhor.

Isadora Lopes é jornalista, trabalha com Inbound Marketing e produção de conteúdo há três anos.

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